A sexualidade feminina é, desde sempre, um universo pouco conhecido. Tanto culturalmente quanto cientificamente a sexualidade da mulher sempre foi negligenciada, esquecida ou reprimida. Quem nunca ouviu comentários sobre a amiga que é “saidinha” só porque se relaciona com mais homens do que considerado ‘normal’? E não só isso, o clitóris, o órgão que tem como única função dar prazer para a mulher, só foi descoberto em 2009! 😱 Isso mesmo!

Nem o vibrador não foi inventado para o nosso prazer, ele era um instrumento para auxiliar psiquiatras no tratamento de mulheres histéricas. Para tratar a “histeria”, perturbações ou negligência do útero o tratamento era estimular o clitóris até que a paciente sentisse contrações seguido de lubrificação que a acalmava. Parece familiar? 😏

Apesar de todo avanço que as mulheres conseguiram ao longo do tempo o fato é que esse assunto ainda é pouco falado. Meninos são incentivados a se conhecerem desde adolescentes e para as meninas sobra a culpa e a vergonha. Desde sempre somos ensinadas a reprimir o prazer, a atividade sexual era vista como fim reprodutivo e não como fonte de prazer.

Segundo uma pesquisa realizada pela psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP) nos anos 2000, 3 a 4% das mulheres falavam que se masturbavam. Em 2019, quando replicou o estudo, 20% das entrevistas afirmou que se masturbava.

Isso significa que as mulheres estão buscando conhecimento sobre o seu próprio corpo e entendem que está tudo bem gostar de sexo e querer ter prazer com seus parceiros ou parceiras. Temos um longo caminho pela frente e quanto mais naturalizarmos, mais mulheres se sentirão livres 💜

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